Sobre o processo de tomada de consciência. Ele é individual
Estava aqui lembrando de quando tinha entre treze e quinze anos e praticava softball com meu pai Tadao Matsuoka. Papai era técnico do time, em Piracicaba e executava sua função com muita dedicação, o que rendeu ao time — e a ele — diversos troféus.
Durante alguns dias da semana a noite, tínhamos um treino que consistia em jogar a bola para o outro, de uma determinada distância, para acertar o o alvo correto, com a finalidade de dificultar a “tacada” do jogador do time adversário…
Era um exercício de repetição. Ali havia a necessidade de entender a força que se colocava na bola, no movimento que se fazia com seu corpo e na sua capacidade de raciocínio, para acertar a intensidade correta e efeito dessa bola.
Eu era preguiçosa. Não gostava muito de “entender” ou “raciocinar” sobre o que se tinha que fazer, e aprendia as coisas meio por osmose, não assimilava o processo, apenas imitava o processo…
Na verdade, pra mim, era mais importante estar ali para passar o tempo com meu pai, numa intimidade de pai e filha. Fazer parte do time de softball, era apenas parte dessa construção…
Hoje vejo que não tinha desenvolvido a capacidade de visualizar e entender toda essa relação entre força, raciocínio e acima de tudo INTENÇÃO que deveria depositar naquela bola para acertar ao alvo.
E em nossa vida, a história se repete…
As vezes temos a vontade de acertar um determinado alvo, treinamos para isso, repetimos o mesmo processo para nos aprimorar, porém, muitas vezes, ainda não possuímos a consciência real daquilo que devemos fazer para conseguir acertar o alvo…
Alguns chegam mais fácil a esse entendimento, outros demoraram vidas inteiras…
O que percebi é: o entendimento depende de uma tomada de consciência. E esse processo é individual.
Diante disso, deixo aqui uma pergunta:
Qual é a intenção que estamos colocando nas bolas que estamos jogando no mundo? Será que elas nos levarão a alcançar o alvo que desejamos?