Em busca do sagrado feminino nos tempos modernos – Uma reflexão sobre uma energia feminina

Muitas pessoas falam sobre uma pesquisa realizada no Brasil, onde a maioria dos homens respondeu que, dependendo da roupa para a mulher, ela deve ser SIM estuprada, o que tem causado uma grande polêmica e revolta.

O resultado da pesquisa, mostra de forma clara, o sistema de crenças da sociedade patriarcal, que está sujeitos na sociedade de hoje.

Esta revolta que gerou uma pesquisa, revela o descontentamento com uma versão atual e um respiro de cura para pensamentos em um modelo novo.

Houve um tempo em uma sociedade era Matriarcal, onde o culto como deusas a mãe terra era divino e sagrado.

Não posso deixar de abordar o tema, sem citar um Deusa Lilith. Falo de Lilith em sua forma pura, não da forma como ela foi retratada por seu mito judaico- cristão.

Lilith tem sua imagem associada a Coruja, e também empresta seu nome para Lua negra. Ela é uma deusa da sexualidade e fertilidade. Carrega uma Serpente quando se apresenta.

Sua história, começa com Innana, conhecida como “rainha dos céus”. Innana, em diversas culturas, é honrada por ser uma grande mãe, aquela que traz uma fertilidade para o solo e assim, a vida.

Ela, por sua vez, nos fala sobre o feminino sobre os costumes sexuais sagrados, esta força que o sexo traz, essa energia criadora capaz de gerar uma vida, e todos os benefícios vindos através destas práticas.

Inanna era quem estava na frente do Templo do sexo sagrado. Em seus templos, era praticado uma prostituição sagrada, e os homens da comunidade procuravam pelas sacerdotisas desse templo, a fim de se conectar com a energia da Deusa.

O sexo era sagrado e proporcionava uma cura física e espiritual. Ainda hoje, os homens não têm uma capacidade de limpar suas próprias energias sem uma energia de conexão feminina. É a mulher que transmuta esta energia.

Quando os Sumérios começaram a ter contato com povos de culturas patriarcais, perceberam que, para dominar seu povo, teriam que atacar seu maior centro de poder: O templo do sexo sagrado.

E foi aí que as repressões sexuais começaram. Tudo que estava ligado ao culto a Deusa, deveria ser combatido, sendo associado ao maligno. Sendo assim, as práticas sexuais se tornaram parte da sombra e o poder feminino, mal e demoníaco.

Então, como toda a história judaica- cristã precisa de um culpado, Lilith, que durante séculos procurava os homens para levar até estes templos, se tornou, ao patriarcado, símbolo do mal supremo. Lilith passou a carregar o medo do homem ao poder sexual feminino.

Lilith, na tradição matriarcal, é a imagem de TUDO O QUE HÁ DE MELHOR NA SEXUALIDADE FEMININA – A NATUREZA DA MULHER, O PODER DO SANGUE MENSTRUAL, que é o próprio poder da Lua Escura. Ela traz consigo a ENERGIA FEMININA EM SUA FORMA PURA.

O período dedicado a Lilith, é exatamente o período menstrual. O momento em que nós, mulheres podemos ter relações sexuais livres, sem uma preocupação de possibilidade de gravidez e se permitir totalmente, buscando o seu prazer pessoal, usando essa energia CRIATIVA para seus projetos e desejos.

A reação judaica foi muito rápida e fulminante: transformou em pecado e tabu o sexo no período menstrual – uma maneira rápida para ACABAR com o culto a Lilith e tirar da mulher seu direito a essa energia criativa.

A segunda foi criar “regras” para uma relação sexual – particularmente, regras que garantiam o prazer masculino, mas negava e proibia o prazer feminino. O sexo passou a ser livre apenas para a procriação, se tornando profano em outras práticas.

Conhecer a figura de Lilith é lembrar de um tempo, no passado da humanidade, em que as mulheres foram honradas por sua INICIAÇÃO SEXUAL, onde se expressava sua liberdade e PAIXÃO NATURAL- Em outras palavras, conhecer a verdade sobre Lilith e entrar em contato com essa Energia, para nós mulheres, significa resgatar o nosso próprio poder pessoal.

Por muito tempo, com todos estes séculos de um patriarcalismo opressor, Lilith assumiu o papel de uma DEUSA NEGRA, que carregava a energia feminina escondida nas profundezas da psiquê da humanidade: para os homens, ela é um desafio; Para muitas mulheres, um arquétipo.

Mas agora, com a redescoberta dessa energia pelas mulheres, Lilith retorna, se apresentando novamente em sua essência: A energia feminina em sua forma pura!

Durante a idade media, com uma instauração da Igreja católica, o sagrado feminino foi, mais uma vez, perseguido. Isso pode ser identificado no grande número de santos que existem e em como poucas mulheres são citadas e reconhecidas como santas.

Não vou levantar nenhuma bandeira neste texto, e nem condenar a igreja católica, mas os fatos existem e estão aí. Não dá pra negar o grande número de mulheres que foram queimadas vivas por serem acusadas de magia, de bruxaria, de misticismo, entre outras coisas … Mulheres que foram condenadas apenas por honrarem o seu poder feminino, aquilo que é de sua própria natureza.

A mãe terra tem uma energia Yin (feminina) e a Lua representa essa energia, que, de fato, exerce maior influência na terra: ela que rege as marés, as colheitas a astrologia e o ciclo menstrual.

A energia solar, Yang (masculina) exerce um domínio muito menor na mãe terra, porém é essencial para o equilíbrio das energias.

Deste modo, com a passagem da sociedade matriarcal para a patriarcal, o poder divino feminino foi suprimido, pois foi visto como ameaça.

Agora, estamos nos tempos de retorno ao lar. Da retomada do Sagrado feminino. Para que nossa sociedade fique em equilíbrio, esse excesso de energia Yang, que vivemos durante tanto tempo, deve ser revertido pelo resgate da energia feminina, existente em todos nós, mulheres.

A energia Yin, está associada a sombra, ao interno, ao silenciar. Ela é uma energia intuitiva, está ligada ao sentimento. Para entrar em contato com ela nos dias atuais, é preciso voltar-se para o interior, se conectar com a mãe terra, voltar de alguma forma para os tempos em que éramos selvagens.

O Chamado já foi feito. Muitas mulheres já ouviram esse chamado, e ele se espalha de forma exponencial. Resgatar o Sagrado feminino, fará com que seja possível equilibrar todas as energias presentes aqui na terra. Só com este equilíbrio que estaremos prontos para a Nova Era- Um novo tempo, onde uma energia do sagrado feminino e do masculino viverão em harmonia.

Ahooo!

Sobre traição. Onde você se trai?

Olá mulherada linda que frequenta esta página!

Ontem foi feriado aqui em São Paulo e não consegui postar muita coisa, mas tenho passado por processos muito poderosos e intensos por aqui.

Um deste processos aconteceu na terça feira `a noite. E foi um aprendizado incrível!

Para introduzir este ensinamento, tenho que compartilhar uma história antes… Vou falar um pouco de traição.

Tenho certeza que muitas de vocês já foram traídas em seus relacionamentos e já se sentiram mal por esta situação. Eu mesma, já passei por uma traição muito forte, onde aprendi muito com este processo… ( não entrarei em detalhes agora, mas foi um aprendizado dificílimo ).

O maior aprendizado que tive com a traição foi: Não existe traição do outro, sem antes existir a sua própria traição. A traição começa com você!

Opa! Calma lá! Tenho certeza que muitas pessoas que leram este relato aqui devem estar me julgando agora: Esta menina é louca! Como eu me traí se foi o meu namorad@ que saiu com outra pessoa????

Bem, deixa eu explicar…

O processo da traição começa primeiramente com você.

Se você se auto analisar, e buscar padrões de comportamentos lá atrás, no início do namoro, tenho certeza que você irá encontrar algum vestígio de uma traição sua com você mesma! Vou dar o meu exemplo para ficar mais claro isso…

Quando comecei a me analisar porque eu tinha sido traída pelo meu namorado, percebi que antes dele fazer a “ ação “ da traição, eu já estava me traindo. Eu me traia quando escolhia deixar as minhas vontades de lado para fazer as vontades dele, me traía quando não falava dos meus sentimentos e fingia que tudo estava bem por medo do fim do nosso relacionamento, me traía quando escolhia estar sempre a disposição da agenda dele, me deixando de lado… e uma série de coisas que fazia para receber um amor do qual, naquele momento, era completamente falso.

Sim, era falso, minha gente. Era falso porque eu estava sendo uma outra pessoa para ser digna de receber o amor do outro. Eu não estava sendo eu. E quando eu escolhia não ser eu, eu me traía e por me trair, acabei atraindo essa energia da traição para o meu relacionamento.

Sei que esta análise é bastante profunda e eu estou trazendo ela aqui de uma forma muito superficial, pretendo gravar um vídeo sobre isso, mas o que quero compartilhar com vocês HOJE, são 2 aprendizados importantes:

O primeiro deles é: Neste processo de autoconhecimento e empoderamento feminino, precisamos estar conscientes de nossas escolhas, e entender que escolhas trazem consequências, mesmo que de forma inconsciente. Se você começa a se auto analisar e a se conhecer, consegue sair da REação e ir para a AÇÃO, e fazer escolhas corretas.

O segundo ensinamento é: Tudo começa com a Auto responsabilidade. Para chegar no processo de mudança, é necessário entender como o seu cérebro faz a sinapse e tomar conhecimento desta sinapse. Esta consciência, faz com que você consiga perceber mais claramente quando está prestes a “ reagir” e não “ agir”. Este processo é um pouco mais demorado, pois a gente precisa não só tomar a consciência do nosso processo, como aceitar que ele aconteceu por nossas escolhas. Em outras palavras: a gente precisa deixar de se vitimizar, e isso é difícil, eu sei.

Bem, na terça feira a noite, eu estava prestes a cair neste buraco de nosso, de me trair novamente… Até tive um deslize, cheguei a tomar uma atitude super infantil, mas foi através dessa atitude que me veio a consciência da sinapse que meu cérebro estava fazendo e que me levaria a reagir e não agir. Imediatamente eu pedi desculpas pela minha atitude infantil, me perdoei e fiz a escolha de não me trair novamente, entendendo que aquele medo que estava me rondando, naquele momento, que era um medo recorrente na época que me traía constantemente, era a forma com que meu EGO tinha achado para me alertar sobre aquilo.

Este processo foi muiiiito poderoso. Foi libertador. Por isso, quis vir até aqui e dividir com vocês.

Se você chegou até aqui, me conta: Onde você se trai?

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